E hoje a saudade bateu à minha porta. Bateu não, arrombou. Não é uma saudade qualquer, é a saudade. Uma saudade que nem me deixou dormir direito à noite. É aquela saudade que aperta, grita, implora, suplica mas no final de tudo é uma saudade que eu sei que amanhã estarei sentindo de novo. Uma saudade da trilha de beijos que você faz pelo meu rosto até chegar na minha boca, do seu abraço forte que quase sempre tira os meus pés do chão, do seu cheiro que me domina, do seu boné que me irrita, do seu jeitinho de comer, do seu sorriso bobo quando digo que você é linda, do seu modo de quase se matar de rir, da sua voz grossa ao pé do meu ouvido, da sua respiração ofegante depois de um longo beijo. Uma saudade de você aqui, pertinho de mim, coladinha no meu copo. Uma saudade de você, por inteira.
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