Andava tão bagunçada. Meu quarto sempre desarrumado e meu coração quase se desmoronando em pedaços. Cheio de trincas em suas paredes, e o seu chão quase se abrindo. Esse coração que, sempre abriu sua porta para quem quisesse entrar e cuidá-lo. Mas ninguém nunca conseguiu arrumá-lo, ou remendá-lo. Uns até começaram uma arrumação, mas todas interminadas. Com tantas idas e vindas, ele se trancou. Fechou suas janelas, jogou a chave da entrada no ralo. Prefere não mais abrir a porta a quem bater.
Mas, como você conseguiu fazer com que ele abrisse para você? Você por acaso encontrou a tal chave perdida? Ou você realmente, a todo momento tinha a chave reserva? A chave do amor.
Você, cuidadosamente foi retirando cada bagagem que ali foi esquecida. Espantando com as próprias mãos a poeira que outros fizeram. Limpando a sujeira que outros ali deixaram. Remendando com beijos cada trinca pelas paredes feita por outros que não souberam amá-lo.
Mais do esforço, você o limpou com seu amor, com sua mansidão, com seu jeitinho, aquele que me fez e me faz a cada dia me apaixonar mais por você.
Me desculpe. Os tempos estão difíceis, nós sabemos. São trovões, tempestades, chuvas que parecem não ter fim! Mas, no final das contas, o Sol aparece nos lembrando que sempre existe um arco-íris depois de todos esses temporais.
E no meu coração você já faz morada. Toma, é pra você. É seu. Só agora que fui perceber que esse tempo todo era predestinado a ser seu. E eu, ser sua. Sua menina, sua mulher. E com toda certeza, posso encher minha boca e dizer que eu te amo. Que te amo muito, demais, pra caramba. E que nada e nem nenhum outro alguém me tira de você.
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